Num lugar muito simples, o casal separou um pequeno caixote o espaço era muito pequeno, na verdade era um cômodo com paredes de tijolos crus feitos a mão, empilhados de maneira não muito detalhada, com apenas uma larga entrada sem porta, a não ser um pequeno portão de madeira muito simples. Janelas nem pensar eram espaços entre tijolos para passagem de ar e o telhado, apenas uma cobertura, que servia para proteger os habitantes dessa tão simples morada do sol durante o dia, da chuva, do frio e do orvalho da noite, eram pedaços de madeira com galhos de árvores e cobertos com palha seca e folhas de uma espécie de palmeira, ramos talvez. Enfim, aquela mamãe cuidadosamente passou os últimos momentos depois de uma cansativa viagem, preparando o humilde berço pra chegada do seu pequenino tão esperado, o papai cedeu a sua túnica que era uma espécie de capa que talvez fora de seu pai com lindos bordados quem sabe feitos pelas mãos de uma outra mãe e esposa dedicada, um pouco surrada, algumas partes já sem costuras, que estava coberta de poeira da estrada de uma longa jornada, mas que a sua esposa já havia lavado e com umas pequenas gotas que sobraram num frasco da simples vaidade de uma mulher perfumou para seu pequenino que estava por chegar.
Cobrindo a palha que servia de colchão dentro daquele caixote e ficando um lugarzinho muitíssimo aconchegante e quentinho, era chegada a hora e entre gemidos que se confundiam com gemidos de dor e alegria o momento tão esperado por uma imensa humanidade, que mesmo no anonimato, o qual tinha por testemunhas apenas alguns animais domésticos e de trabalho pesado ao redor e claro o orgulhoso pai chegava ao mundo àquele que seria o salvador de uma raça que dificilmente o aceitaria pelo fato do seu nascimento de uma forma tão simplória, naquele momento cumpriam-se as palavras do profeta: Isaias 9:6 “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, e o principado está sobre os seus ombros, e se chamará o seu nome: Maravilhoso, Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz.”.
O seu legado era muito forte assim como foi descrito na carta do Apóstolo aos Filipenses 2: 5-11 “De sorte que haja em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus,
Que, sendo em forma de Deus, não teve por usurpação ser igual a Deus,
Mas esvaziou-se a si mesmo, tomando a forma de servo, fazendo-se semelhante aos homens;
E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz.
Por isso, também Deus o exaltou soberanamente, e lhe deu um nome que é sobre todo o nome;
Para que ao nome de Jesus se dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra,
E toda a língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para glória de Deus Pai.”
Se esse era o nosso Mestre, por qual motivo sermos tão orgulhosos e não o adorarmos em espírito e em verdade? Essa é a páscoa que conheço, que nos foi entregue desde os tempos de Moíses até o seu nascimento, onde no final de seu ministério terreno encerra-se um ciclo do plano de Deus para nossas vidas iniciado com a libertação do povo de Israel. A páscoa Cristã.
Pr. Jasson Gomes.



